O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo no estado da Paraíba (SINDIPETRO-PB) alerta aos organizadores da campanha “Preço Justo” que promovam a iniciativa de forma ordeira e respeitando os estabelecimentos comerciais. A entidade apelou para o bom senso dos manifestantes, salientando que o uso de equipamentos eletrônicos como máquinas fotográficas e de vídeo, celulares e outros do gênero podem por em risco a vida de clientes e funcionários, uma vez que os produtos comercializados pelos postos de combustíveis possuem conteúdo altamente inflamável.

O SINDIPETRO-PB esclarece que os empresários do setor não são contra a iniciativa, por acreditar que a mesma se reveste em manifestação eminentemente democrática. A entidade renova e reitera a disposição de continuar colaborando com os órgãos de fiscalização, o que já vem sendo feito através de inúmeros contatos e reuniões com os Procons e o próprio Ministério Público Estadual.

A entidade sindical explica que a cadeia de abastecimento brasileira é extremamente complexa e regulada. Refinarias e usinas produzem gasolina e etanol, respectivamente. As distribuidoras compram os combustíveis e revendem aos postos, onde a população abastece seus veículos. Quem se indigna com o valor praticado na bomba, muitas vezes, não tem idéia de toda essa cadeia por trás do produto.

De acordo com a entidade, o preço da gasolina, por exemplo, tem uma composição que consome 42% de impostos, outros 47% é atinente a Petrobras, ficando apenas 11% para serem distribuídos entre distribuidoras, frete e revendedores.

A campanha “Preço Justo”, organizada pelo Sistema Estadual de Defesa do Consumidor, será realizada nesta quarta-feira (03), às 18h. Ela lembra a iniciativa do Programa Balanço Geral, que idealizou “Na Mesma Moeda”, em João Pessoa há alguns meses.

Nesta quarta simultaneamente os municípios de João Pessoa, Cabedelo, Patos e Cajazeiras estarão a partir das 18h, juntos com os seus procons estarão protestando. Na próxima semana serão as cidades de Sousa e Campina Grande que terão seu momento de protesto.