Será preciso ter um reajuste no preço dos combustíveis para viabilizar o plano de negócio de US$ 236,5 bilhões da Petrobras para o período de 2012 a 2016, disse a presidente da companhia Maria das Graças Foster.
“Este ano tivemos uma suave queda do Brent e uma relevante subida do dólar. Continuamos com a defasagem de preços que tínhamos quando o Brent estava a US$ 125 (o barril) e o dólar entre R$ 1,65 e R$ 1,70. A defasagem (ante preço internacional) continua próxima”, disse Graça Foster.
Questionada sobre quando seria aplicado esse reajuste no preço dos combustíveis, a presidente da Petrobras disse que ainda não tem a data. “Eu não posso dar uma data porque não tenho uma data”, afirmou ela na abertura do Fórum de Sustentabilidade Corporativa da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
Segundo a presidente da Petrobras, o plano de negócios será detalhado em 25 de junho quando está agendada uma reunião com analistas e a imprensa.
Na quinta-feira, a Petrobras divulgou o plano que prevê um aumento de 5,25% nos investimentos no período, mas um corte de 18% na produção de petróleo em 2016.
Analistas ouvidos pela Reuters consideram que sem a contrapartida de um aumento nos preços dos combustíveis ou de aumento de fluxo de caixa a estatal encontrará dificuldades para manter suas contas equilibradas.
Reuters News