Os preços do petróleo voltaram a subir na sexta-feira e fecharam a semana passada acima dos US$ 112 por barril em Nova York pela primeira vez em dois anos e meio. O preço do petróleo tipo Brent fechou no nível mais alto desde julho de 2008 e a apenas US$ 17 abaixo de seu recorde histórico.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de petróleo bruto para maio fecharam a US$ 112,79 por barril, em alta de US$ 2,49 (2,26%). Na plataforma Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para maio fecharam a US$ 126,65 por barril, em alta de US$ 3,98 (3,24%).

O comportamento do mercado reflete a preocupação dos investidores com os indícios de que a guerra civil na Líbia deverá ser prolongada. A eleição parlamentar na Nigéria no fim de semana e a aproximação da eleição presidencial no mesmo país (dia 16), também alimentaram a cautela. Cerca de 40% das exportações nigerianas de petróleo vão para os Estados Unidos.

Outro fator foi a influência da baixa do dólar frente ao euro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) elevar sua taxa básica de juros e antes de uma possível paralisação do governo dos EUA por causa do impasse político em torno do Orçamento.

Alguns investidores continuam a comprar commodities, entre elas o petróleo, para se proteger contra a inflação. “Ninguém quer pular na frente do trem. Os preços do ouro e da energia continuam a subir e quem apostava em baixas está ansioso por sair”, disse Rich Ilczyszyn, da Lin-Waldock.

O contrato do ouro para junho em Nova York subiu US$ 14,80, ou 1%, para US$ 1.474,10 por onça-troy e fechou a semana passada com alta acumulada de 3,16%. O cobre registrou aumento semanal de 5,4%.

 

Fonte: Jornal do Commercio