O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo no Estado da Paraíba (Sindipetro-PB) formulou denúncia junto ao PROCON de João Pessoa e aguarda que providências sejam adotadas para conter o que os empresários do setor classificam de ‘escalada’ de reajustes nos preços da gasolina e do etanol.
A entidade revelou que o etanol já subiu 23 centavos nos últimos dias e nenhuma justificativa plausível foi apresentada pelas distribuidoras até o momento, o que pode ensejar o repasse nos próximos dias ao consumidor final. A gasolina também segue o mesmo ritmo e o que mais chama atenção dos proprietários de postos é que os reajustes estão bem acima dos anunciados pela Petrobras.
De acordo com o sindicato, os preços dos combustíveis repassados pelas distribuidoras continuam subindo, impondo aos empresários ligados a revenda uma verdadeira economia de guerra para sustentar os atuais valores. O sindicato informou que os empresários estão indignados e surpresos com a constante e persistente elevação dos preços de aquisição dos combustíveis.
“Os números mostram que a revenda nem sequer repassou para o consumidor toda elevação de custo de aquisição que vem enfrentando devido à alta dos preços nas usinas. Infelizmente, a origem dos maiores custos nem sempre fica clara para o consumidor, que culpa os postos, último elo da cadeia, pelos aumentos ocorridos ao longo das outras etapas de produção e comercialização”, ressalta Omar Aristides Hamad Filho, presidente do Sindipetro Paraíba.
Omar Hamad Filho explicou que além dos maiores custos para o anidro, também tem impacto no preço final o incremento da carga fiscal. A maior parte dos estados brasileiros realiza a tributação de ICMS por Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), que usa como base de cálculo do imposto uma média de preços do mercado. Quando os preços sobem, aumenta também a base de cálculo e o tributo cobrado. “Na Paraíba isso também é assim”, disse.