O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo no Estado (Sindipetro-PB) rebateu nesta quinta-feira, 07, acusações de prática de quartel nos postos de combustíveis da Paraíba, classificando-as de irresponsáveis, levianas e sem qualquer fundo de verdade. A entidade pretende acionar a justiça para que os denunciantes provem as acusações.
A categoria anunciou que não vai mais tolerar com o que chamou de “denuncismo gratuito”, e cobrou mais respeito com o segmento, responsável direto por uma das maiores arrecadações de ICMS no estado. “Somos empresários, investimos e acreditamos na força do trabalho, pagamos nossos impostos, giramos e movimentamos a economia local e nacional, além disso, empregamos mais de 5 mil pessoas”, disparou.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo no Estado da Paraíba, Omar Hamad Filho, responsabilizou as distribuidoras, o governo federal e a Petrobras sobre a alta de preços, salientando que o problema é nacional e não uma particularidade da Paraíba. “Não fomos nós que criamos o problema, muito pelo contrário. “Estamos vivendo uma grave crise no setor. Temos problemas nas refinarias, que ainda são do tempo de Vargas. “Temos o fracasso do governo com o programa de bicombustíveis e álcool/etanol, tanto é que a Petrobras está comprando gasolina fora do Brasil e a um preço muito maior, porque não consegue suprir a demanda do próprio mercado nacional”, sustentou.
Omar Hamad Filho informou que os preços da gasolina e do etanol (álcool) repassado pelas distribuidoras aos postos de combustíveis na Paraíba sofreram uma elevação nos últimos três meses de 10% a 30%, respectivamente. Revelou ainda que já tem posto de combustíveis adquirindo gasolina para revenda por um preço superior a R$ 2,40. “Ainda assim temos a gasolina mais barata do Brasil”, assegurou.