A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) informa que os postos das regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza e Recife estão sendo informados, por suas distribuidoras, de que o preço de custo do diesel S50 aumentou em pelo menos cinco centavos.
De acordo com comunicados enviados pelas distribuidoras aos postos, a alta é decorrente de um reajuste nas refinarias, que entrou em vigor no último dia 28 e vale para todo o Brasil.
O aumento foi restrito ao diesel S50, não se estendendo ao S500 (metropolitano), nem ao S1800 (usado no interior).
O anúncio preocupa a revenda, já que o S50 é o diesel de baixo teor de enxofre (com apenas 50 partes por milhão) que passará a ser comercializado em todo o Brasil a partir de janeiro de 2012, atendendo às determinações da fase P7 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve). O receio é de que o combustível mais caro desestimule a aquisição de veículos novos (caminhões e SUVs), com motor Euro 5, que já estão sendo comercializados pelas montadoras e devem chegar às estradas em janeiro.
Além disso, com o reajuste, aumentou a diferença de preços entre os diversos tipos de diesel que atualmente existem no mercado, o que serve de estímulo para fraudes e usos indevidos, além de prejudicar a concorrência. Para se ter uma ideia, a diferença entre o diesel S50 e o S1800 pode chegar a quase 7 centavos. Com isso, postos que vendem S50, mas estão localizados próximos a municípios que ainda comercializam o S1800, poderão ter suas vendas fortemente afetadas.
O S50 é comercializado no Brasil desde janeiro de 2009, mas seu uso encontra-se restrito a frotas de urbanas de determinadas regiões e aos postos das áreas metropolitanas de Belém, Fortaleza e Recife, onde substituiu o S500. A partir de janeiro de 2012, no entanto, o S50 deverá estar disponível em postos espalhados por todo o país, para abastecer os novos veículos com motor Euro 5. E, até o momento, a Petrobras não se pronunciou publicamente sobre quanto irá custar o novo combustível nas refinarias.
A Fecombustíveis lembra, no entanto, que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora e posto decidir qual será seu preço final, de acordo com suas estruturas de custo. A Federação representa os interesses de cerca de 38 mil postos de serviços que atuam em todo o território nacional, 370 TRRs e 44 mil revendedores de GLP, além do mercado de lubrificantes.
Fonte: Fecombustiveis