Deixado de lado por muitos motoristas em razão da popularização dos carros bicombustíveis, o gás natural veicular (GNV) volta a bombar nos postos do Rio, com a elevação do preço do álcool. Na capital, o metro cúbico do gás sai, em média, por R$ 1,555, enquanto o etanol custa R$ 2,228 por litro. Como o primeiro combustível rende o dobro do segundo, um motorista que rode 50 km por dia num carro que faça 7 km por litro de álcool gastará R$ 477 por mês, enquanto aquele que usar o GNV terá um custo de R$ 167 — uma economia de R$ 310, equivalente a 65%.

Como, hoje, é possível comprar e instalar um kit-gás no Rio por R$ 1.350, o custo do equipamento é recuperado em menos de cinco meses — para ser mais exato, em quatro meses e cerca de dez dias.GNV

Vantagens extra – Os proprietários de veículos movidos a GNV pagam apenas 25% do IPVA. Outra vantagem é que os preços dos kits se mantiveram praticamente inalterados no mercado. No caso da instaladora Star Gás, em Cascadura, o valor de hoje é o mesmo de janeiro de 2010, como informa o gerente, Diogo dos Santos:

— Tivemos aumentos mínimos no material. Então preferimos absorver os custos a repassá-los aos clientes. Isso tem atraído também os taxistas, que trocaram seus carros a gás antigos por bicombustíveis, mas desistiram do álcool com a alta.

CONFIRA AS DICAS DE INSTALAÇÃO:

– HOMOLOGADAS

Procure apenas oficinas homologadas pelo Inmetro. É possível encontrar a lista por meio do site www.inmetro.gov.br ou então pelo telefone 0800-285-1818.

– POTÊNCIA

A instalação do GNV pode não ser adequada a carros

– TROCA DIÁRIA

Mesmo com o gás natural, é recomendado andar com o carro no seu combustível original, ao menos, cinco minutos por dia. Dessa forma, evitam-se o ressecamento das mangueiras de combustível e a formação de gomas nos bicos injetores de combustível com cilindrada baixa, pois o motor tem uma perda natural de potência de cerca de 10%. Além disso, o cilindro de gás pesa cerca de 70 quilos. É importante levar isso em conta na hora de carregar mais pessoas no carro.

– NÃO ESQUEÇA

É essencial pedir a nota fiscal da conversão e o Certificado de Homologação do Inmetro, para fazer o devido registro da conversão no Detran. Ao fazer isso, o dono do veículo conseguirá um abatimento de 75% no valor cobrado em seu boleto do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

– EMISSÃO DE GASES

É sempre necessário pedir ao instalador que execute o teste de emissão de gases. Ele deve ter o equipamento para realizar a análise na própria oficina. Se não, procure outro.

– VISTORIA REGULAR

A cada cinco anos, contados a partir da data de fabricação, o cilindro deve ser desmontado para um teste hidroestático nos organismos de inspeção acreditados pelo Inmetro.

– VAZAMENTO

Se perceber algum vazamento, o motorista deve parar o carro, abrir todas as janelas e chamar a assistência.


Mario Campagnani, Extra/RJ