Omar alerta para os prejuízos coo o fim da cabotagem em Cabedelo.

Omar alerta para os prejuízos coo o fim da cabotagem em Cabedelo.

A Paraíba deve perder para Pernambuco toda a logística de distribuição de produtos e bens da chamada “cadeia de combustíveis” nos próximos dias, caso nenhuma providência seja tomada para dotar o Porto de Cabedelo de infraestrutura necessária para a atividade de cabotagem de granéis líquidos, revelou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo no Estado da Paraíba (SINDIPETRO-PB), Omar Aristides Hamad Filho.

O presidente do SINDIPETRO-PB apela para que providências sejam adotadas pelo Governo do Estado para evitar a migração da atividade de cabotagem de combustíveis para Suape, em Pernambuco, uma vez que nos últimos meses, o Porto de Cabedelo já perdeu dois terços (2/3) das operações de importação e cabotagem de produtos derivados de petróleo e a expectativa é que todo o processo de distribuição seja transferido para Pernambuco.

O Porto de Cabedelo, responsável por um movimento mensal de 70 mil toneladas de granéis liquidos, nos últimos meses, passou a receber apenas uma média de 24 mil toneladas, ou seja, uma redução de quase 80% na movimentação de cabotagem, que foi transferida para Pernambuco.

Omar Hamad lembra que desde 2011 a entidade denuncia o problema, mas, infelizmente, nada foi feito para melhorar as condições estruturais do Porto de Cabedelo, levando às empresas transferirem suas atividades para Pernambuco, causando enormes prejuízos a já combalida economia paraibana. “Se nada for feito em termos de melhorias e adequações, perderemos toda a atividade para Suape em breves dias”, previu.

Enquanto as autoridades do Estado pouco ou nada fazem para solucionar o problema, no vizinho Pernambuco, o Complexo de Suape vem se consolidando como um porto movimentador de granéis líquidos, desde a implantação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) em Pernambuco no final de 2014. De janeiro a julho deste ano, a movimentação de petróleo cresceu 87,35%, na comparação com igual período de 2015, e oporto alcançou a marca de 2,7 milhões de toneladas movimentas nos sete primeiros meses do ano, ante os 1,4 milhão de toneladas do mesmo intervalo anterior.