O motorista que pretende sair com seu veículo para trabalhar, estudar ou mesmo passear terá de pensar duas vezes, pois o aumento do preço do combustível está assuntando os consumidores. Em Palmas, o litro de gasolina encontra-se na faixa de R$ 3,00 a R$ 3,10 e entre R$ 2,33 e R$ 2,47 o do álcool.

Em Araguaína, o cliente também sente no bolso o aumento e em alguns postos a gasolina chega a custar R$ 3,12 e o álcool R$ 2,75. Já em Gurupi, a tendência é a mesma e o preço da gasolina chega a R$ 3,15 e o do álcool a R$ 2,59.Em março, uma rede de postos baixou seus preços na Capital, passando de R$ 2,79 para R$ 2,62 a gasolina e de R$ 2,28 para R$ 2,10 o álcool. Mas os valores já voltaram ao patamar dos R$ 3,00 e o consumidor não está satisfeito. Servidor público, Franciel Santos disse que “quem sai prejudicado neste impasse é só o consumidor, ninguém fala nada, ninguém resolve nada e os preços só aumentam a cada dia. “A diferença entre os preços praticados no Estado chega a R$ 0,16 nas bombas de combustível.

O estudante Amir Prudente Bittar disse que, após o aumento, procura alternativas para economizar no consumo de gasolina. “Na verdade está compensando andar a pé, mas eu e meus colegas de universidade estamos fazendo um sistema de revezamento com os carros para irmos à aula. “Repasse Segundo o gerente geral do Posto Verão, em Palmas, Ricardo Costa, os preços aumentaram devido ao repasse das distribuidoras. “Nós estamos apenas repassando o valor que chega para a venda. O preço do litro já vem em torno dos R$ 2,75 e este é o valor sem o custo do frete.”

O gerente informou ainda que, após o reajuste, o movimento do posto caiu cerca de 30% e já teve que demitir alguns funcionários para não ter prejuízo no final do mês.Dentre as justificativas para o valor do combustível, o presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado do Tocantins (Sindiposto), Eduardo Augusto Pereira, informou que o aumento da gasolina se deu pelo reajuste no preço do álcool anidro, que compõe 25% da gasolina.

“Estamos no período de entressafra da cana-de-açúcar e o preço do álcool anidro afetou o valor da gasolina. Infelizmente chegamos a estes patamares em todo o País e quem poderia ajudar seria o governo federal.”

Pereira disse ainda que a partir da segunda quinzena de maio há previsão de baixa no preço dos combustíveis. Entretanto, embora desautorizado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, vem acenando com a possibilidade de aumento nos combustíveis, em função de pressões internacionais.

 

Fonte: Jornal do Tocantins